Quem não conhece, ou se reconhece como, alguém que foi ou vai morar
em outro país?
Seja por motivo profissional, por se apaixonar por alguém
que mora do outro lado do mundo, seja por querer uma nova experiência, por ansiar por uma nova vida, por querer fugir do país, seja por todos estes
motivos juntos, ou por nenhum deles.
São jovens que deixam suas casas, sua família, sua
cidade, seu país, em busca de algo melhor. É cada vez maior o número de amigos que saem, ou já saíram, do Brasil em busca de uma nova vida, cheia
de boas experiências, cheia de novidades e cheia de saudades, claro!
E como deve doer... O medo de sentir saudade da família, por
muito tempo, foi o que me bloqueou, mas hoje não me bloqueia mais. A saudade, com
certeza, estará presente. Os momentos separados, muitas vezes nos ferem como
facadas. Perder aquele aniversário em família, falar e ouvir parabéns pelo
Skype, sem poder dar um abraço, deve machucar demais.
Ano que vem, serei mais uma emigrante, que deixará sua pátria e
sua família em busca do novo, de qualidade de vida e novas experiências.
Já consigo imaginar como deve doer.
A minha dor e de todos os jovens que vão é grande, mas é
amenizada pela inundação de novidades que a nova etapa trás. No entanto, às
vezes me pego pensando na dor dos meus pais, e de todos aqueles que tiveram que se despedir de seus filhos, que admiram a coragem de
enfrentar o novo - peculiaridade da nossa geração -, mas, ao mesmo tempo,
gostariam que aquilo não estivesse acontecendo.
Não vou enfrentar ou discutir questões políticas neste post,
apesar de entender que um dos motivos, e o mais relevante, esteja intimamente
ligado com o momento político do país, mas quem sabe isso não seja apenas um
"empurrão" pra muitos pseudo-corajosos?
A partida e a despedida machucam, mesmo que temporária a
distância. O que resta para nós, filhos, é fazer um simples pedido a Deus: que abençoe esta
geração de pais órfãos.
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